quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Nossos Momentos

 Investidura em Lenço da Claudinha,
 Da esquerda para direita : Alessandra, Aline, Márcia, Andressa, Vanessa, Fabiana e Paulo abaixado
 Indo pro Aventuri
 Curso para Capitães, Conselheiros e Secretários (CCS 2011) Sítio Maryvone
 Amamos fotos, rs. Ale, Aline, Márcia, Andressa, Paulo, Vanessa e Fabi.
 Festa Kids ( CCS 2011 - Sítio Maryvone) • Fomos os organizadores da Festa ! •

Reunião na casa da Tia Vanessa

 Aline, Andressa, Alessandra, Vanessa, Márcia e metade da Martinha
Vanessa, Martinha, Fabi, Bebela, Alessandra, Aline, Márcia, Guia e Gaby no colo, Andressa e Paulo no alto

Nossa Ditetoria no CCS 2010

Da esquerda para direita: Aline, Alessandra, Andressa, Vanessa e Márcia.

Fotos ( Dia dos Aventureiros -28/05/2011 )

                                              Baleiro personalizado
                                                 Bolo personalizado
                                                                    A mesa
                                                            Diretora Vanessa recebendo galão de Diretora
                                                 Crianças cantando
                                                        E ficou assim a nossa festa !
                                                          Outro baleiro personalizado
                                                              Banner
                                          Da esquerda para direita Tia Aline (Secretária), Tia Alessandra (Conselheira), Tia Sol (nossa amiga), Tia Fabi ( Padioleira e Conselheira), Jeander (Regional), Tia Vanessa (Diretora), Tia Márcia (Diretora Associada e Conselheira), Tia Andressa (Conselheira), Tio Paulo (Instrutor)

Aventuri

Outubro de 2010

Cidade das Crianças


Fomos a Cidade das Crianças no mês de Junho, mas só agora tive acesso as fotos e resolvi colocar aqui pra vocês verem também =)

Ideias, Civismo e Cerimônias dos Aventureiros


O Clube dos Aventureiros adotou dois ideais para identificar o tipo de pessoa que se envolve em sua organização: o Voto e a Lei do Aventureiro.
Princípios são como os amigos – não precisam ser muitos, mas devem ser os melhores possíveis. Os melhores princípios possíveis são simples, curtos, objetivos, mas desafiadores, requerendo elevados padrões pessoais de quem se disponha a abraçá-los.
É importante ressaltar que os ideais de que estamos falando não são “Ideais das Crianças” do Clube de Aventureiros – são os ideais de todos os Aventureiros, em geral, não importa sua idade ou função.
O Voto do Aventureiro
O Voto dos Aventureiros é uma promessa especial, que precisa ser muito bem compreendida, antes de podermos proferi-la e vivê-la – vamos estudá-la profundamente, neste capítulo.
Isso é importante porque, como um Princípio de nossa organização, o Voto vai determinar nosso modo de viver e conviver, dentro do contexto do Clube de Aventureiros e, (para além dele), em todos os nossos outros relacionamentos.
O voto do Aventureiro resume-se a uma frase:
“Por amor a Jesus, farei sempre o meu melhor.”
Não se admire com a simplicidade das palavras ou a pequena extensão desta promessa – ela tem os ingredientes necessários para inspirar e motivar os Aventureiros – pessoas com 6, 7, 8, 9 (e quantos mais?) anos de idade.
Ao repetirmos esta (e qualquer outra) promessa, lhe damos força.
Repetir o Voto do Aventureiro tem efeitos muito poderosos sobre os meninos, meninas e adultos. Isso está fora de questão. O que se pode questionar é: se a repetição dos votos, quando você não os está nem cumprindo, nem se esforçando por cumpri-los, equivale a enfraquecê-los, cada vez mais – você não cumpre o que votou, repete a promessa que não cumpriu, torna a não realizar o que prometeu, num círculo vicioso.
Como podemos fortalecer, ao invés de desgastar, os votos? Basta cumpri-los, além de somente declará-los.
A Lei do Aventureiro
Vamos agora ver outro ideal do Clube – A Lei do Aventureiro.
Jesus me ajuda a ser: Obediente, puro, reverente, bondoso e colaborador”.
Os cinco artigos da lei indicam um perfil pessoal a ser perseguido por todos os que estão envolvidos com o Clube de Aventureiros. Quando alguém recita a lei, está declarando sua intenção de ser um tipo, muito especial, de pessoa.
A lei do Aventureiro indica, ao mesmo tempo, um “produto” e um “processo”, dos quais depende todo o programa do Clube.
Cada uma das qualidades listadas, são um “produto” acabado, como fim e objetivo, a ser perseguido e “produzido” pelo Aventureiro. São alvos a serem alcançados.
Mas cada uma destas qualidades, é também um processo, que está em andamento, visando melhorar a vida do Aventureiro, naqueles aspectos listados na lei.
Embora possamos já ter avançado bastante, em nosso desenvolvimento de um determinado item da lista, certamente haverá a necessidade de muito trabalho para melhorar em outros aspectos.
Por exemplo, alguém pode ser muito obediente, mas pouco bondoso ou nada reverente.
Alguém pode ser muito prestativo mas não tomar o devido cuidado com suas palavras ou pensamentos, a fim de que sejam puros.
Cada um destes alvos representa um desafio igualmente grande para crianças e adultos, pois os seres humanos, em geral, são avessos a estas virtudes. Além de tudo, somos sempre levados, naturalmente, a nos afastar de Deus que, (já está dito no próprio texto da lei), é O único capaz de nos ajudar a sermos verdadeiramente obedientes, bondosos, puros, reverentes e prestativos.
O desafio dos adultos fica ainda mais difícil quando tomam consciência de que, obrigados a cumprir este ideal em si mesmos, precisam traduzir tal desafio para os meninos e meninas compreenderem, aceitarem e se entusiasmarem por cumpri-los, em suas próprias vidas!
Traduzir isto para a “sua língua” é vital, porque eles raramente (ou nunca) poderão realizar, ativamente, algo que não compreendam.
Assim, não deveríamos, jamais, nos satisfazermos com a recitação dos ideais de maneira mecânica, nas reuniões e cerimônias, porque isso (como vimos) só contribui para minar a força destes Princípios.
Utilize histórias, encenações, parábolas, experiências pessoais dos Aventureiros, notícias de jornal, recortes de revistas, jogos, brincadeiras e ensine – ensine, desesperadamente – os itens da lei do Aventureiro, na língua dos Aventureiros. Isso é desesperadamente necessário.
Não permita que uma reunião se passe sem que, em algum momento dela, haja ao menos alguma alusão a um ideal dos Aventureiros. Não é a dose maciça de idealismo que confirma os ideais no coração das crianças; é a continua administração de doses pequenas e regulares, significativas. Faça um pouco disso todo dia e você verá quanto se constrói no longo prazo.
Bandeira dos Aventureiros
A bandeira dos Aventureiros é muito simples. Ela contém o símbolo internacional dos Aventureiros no centro, indicando que o foco principal do Clube é o desenvolvimento das crianças através das Classes de Abelhinhas Laboriosas, Luminares, Edificadores e Mãos Ajudadoras.
A Bandeira é composta, ainda, de mais um elemento: o nome do Clube a que pertence. Deve ser bordado ou pintado, em seu canto inferior direito.
Hino dos Aventureiros
O Hino oficial dos Aventureiros, para a América do Sul, foi composto em 1995 pelo Pastor Wanderson Paiva. Inicialmente foi preparado para ser cantado pelo clube do IAP (Instituto Adventista Paranaense), em Ivatuba, estado do Paraná. Os clubes de aventureiros estavam apenas começando e ainda não existia uma música que representasse seus ideais.
O Pr. Wanderson era o Diretor do Departamento de Música do IAP e, atendendo a um pedido dos líderes do Clube, aceitou o desafio. Descrevendo como tudo aconteceu ele diz: “Tomei um tempo para ler e estudar atentamente os ideais e objetivos dos Aventureiros. Em seguida, deixei passar um tempo para que todas as palavras encontrassem a seqüência mais lógica possível dentro daquilo que se esperava de uma canção para os Aventureiros. Lembrei-me dos meus tempos de membro do Clube de Desbravadores, bem como, do orgulho com o qual cantava o Hino dos Desbravadores e participava de todas as atividades do Clube. Então com muita oração, pedi que Deus me usasse para compor uma música que pudesse transferir para os pequenos Aventureiros esta mesma experiência”.
Somos aventureiros alegres
Que confiam no amigo Jesus.
Aprendemos que sempre devemos
Ser pra todos um brilho da Luz.
Descobrimos em tudo a beleza,
E o amor de um Deus criador.
E amando a Cristo faremos
Maravilhas ao nosso redor.
O Hino dos Aventureiros deve ser cantado sempre que possível, nas reuniões oficiais das crianças e adultos, ligados ao Clube. Isso será uma contínua recordação dos ideais.
As Cerimônias
 É importante você ter primeiro uma visão geral sobre cerimônias para, depois, entender cada uma delas especificamente.
Elas precisam ter, sempre, três características especiais. Necessitam ser: Curtas, Simples, Significativas. Isso, porque:
1. Cerimônias longas cansam;
2. Cerimônias complexas são difíceis de compreender e realizar;
3. Cerimônias sem significado não despertam interesse ou envolvimento;
4. Cerimônias curtas, simples e significativas são apreciadas por todas pessoas, quer sejam participantes, realizadores ou espectadores.
Cerimônias – curtas, simples ou significativas?
O ideal é manter estes três ingredientes bem equilibrados.
Comece pela simplicidade – não inclua muitas partes em sua cerimônia.
Quanto mais partes houver, mais trabalho você terá para fazê-las gravitarem harmoniosamente, em torno do eixo central – o objetivo – de sua cerimônia.
Se for complexa (muitas partes) sua cerimônia vai deixar de ser curta e pode perder o significado, em meio a tantas “mensagens”, emitidas durante tantas partes que a constituem.
Os ideais dos Aventureiros são um modelo perfeito deste ponto: são simples, são curtos, são significativos. Você vai usar os ideais em suas cerimônias, por isso faça que elas combinem com eles. Música de fundo, decoração, deslocamentos, recitação, demonstrações, orador(es), cantores, procedimentos, participação dos Aventureiros, convidados, pais, membros da igreja ...– ufa! – com tantos “ingredientes”, é muito fácil a cerimônia se complicar
Quanto à duração, já ouviu falar em gostinho de “quero mais”? Quando as pessoas lamentam porque “já acabou” alguma coisa, conseguimos atingir este “sabor”.
O poder do significado
Fazer cerimônias curtas é fácil – basta usar poucos minutos.
Fazer cerimônias simples é fácil – basta eliminar tudo que não seja essencial.
Agora, fazer cerimônias significativas ...
O significado é, sem a menor sombra de dúvidas, a questão mais importante para todas as pessoas envolvidas em uma cerimônia.
Para falar de significado, vamos lhe dar alguns conselhos práticos, ligados à realização de cerimônias no Clube de Aventureiros.
Comece e termine no horário marcado
Fazer suas cerimônias começarem no tempo adequado e durarem o tempo previsto é uma grande virtude. E, se você quer ser perfeito, termine suas cerimônias no horário combinado.
Existem três boas situações em que este conselho é valioso:
1. Se tudo estiver correndo “às mil maravilhas”, aproveite a oportunidade para, terminando no horário, deixar aquele gostinho de que falamos a pouco.
2. Se tudo estiver dando errado, porque prolongar ainda mais a seqüência de desastres? – termine no horário e sobreviva;
3. Se tudo está caminhando normalmente, porque você comprometeria o bom andamento do programa, prolongando-o além do horário normal?
Tenha objetivos em mente
Saiba, muito bem, o destino para o qual está dirigindo os participantes de suas cerimônias.
Você deve escolher estes objetivos antes de realizá-las.
Aproveite as cerimônias para fazer propaganda do Clube de Aventureiros. Quem sabe se um futuro dirigente não está esperando apenas uma boa amostra deste ministério para ingressar nele?
Cerimônias podem morrer se forem mal utilizadas – cerimônias podem viver, (ou reviver), se forem bem utilizadas. Não está na cerimônia o defeito ou a virtude – está em seu emprego.
E o emprego das cerimônias cabe aos ministrantes delas.
É um privilégio e uma responsabilidade.
Por isso, planeje muito bem os meios e os fins que estiverem ligados a suas cerimônias.
Estabeleça ligação com as pessoas
Há inúmeras variáveis sobre as quais você pode atuar, para dar significado a uma cerimônia.
• Analise os participantes – O que você poderia fazer para envolvê-los com sua cerimônia?
• Analise os convidados – Como eles poderiam influir sobre os participantes, para tornar a cerimônia significativa.
• Analise o programa – Quais as coisas que poderiam, inseridas no programa, torná-lo significativo?
• Analise o ambiente – Como o local ou o “clima” no ambiente poderia contribuir para atrair as pessoas que você deseja envolver?
• Analise os objetivos – Será que eles são apenas seus objetivos?
Mantenha tradições
Nunca acabe com algo, se não tiver outra coisa, melhor, para colocar em seu lugar.
Siga o exemplo de Jesus – dê novos significados a coisas antigas mas desgastadas pelo uso; dê significado a coisas que não significavam nada antes, mas que têm potencial para impressionar as pessoas. Há uma infinidade de coisas boas no passado. Valorize aquilo que outros líderes lutaram tanto para estabelecer, antes de você.
Mas não se renda à tentação de deixar as coisas ficarem como estão pelo simples fato de sempre terem estado assim. Examine as razões porque as tradições são (e devem ser) mantidas. Descubra as histórias e as experiências que as legitimaram. Conheça as pessoas que as criaram. Estude os objetivos que elas tinham em mente. Depois disso, avalie se elas são ainda válidas, para você e para o seu grupo.
Se não parecerem mais válidas, pergunte a si mesmo: Em quem está o defeito? Em mim, como líder? Nas pessoas como participantes? Na cerimônia como programa?
Muitas coisas boas do passado foram (e são) “enterradas” apenas porque ninguém se animou a ter o trabalho de impedir seu sepultamento.
Mude, quando for necessário
O mundo muda.
As pessoas mudam.
A liderança muda.
As cerimônias também precisam mudar.
Sobreviver a sua utilidade é a sentença de morte para tudo, neste mundo.
Mais dia, menos dia, algumas cerimônias se apresentam carcomidas, vazias, sem significado ou objetivo. Cerimônias mantidas, teimosamente, como um fim em si mesmas, não são úteis, nos fazem perder nosso tempo e nossa paciência.
Seja criativo
As cerimônias padronizadas fornecem aos Aventureiros, (não importa em que parte do globo terrestre se encontrem), um senso de unidade e de pertencer a um grupo especial de pessoas, que mantém características especiais. Juntamente com o uniforme e os ideais, elas garantem os princípios básicos de funcionamento do programa.
Personalizar estas cerimônias, tornando-as peculiares de seu Clube pode ser um fator importante de integração e identificação com seu público (pais, crianças, membros da igreja).
Seja original. Há uma boa margem para isso.
“Re-invente” as cerimônias, sem exagerar, e elas terão significado para seus Aventureiros.
Cuidado com a palavra falada
Quem fala em uma cerimônia é muito importante – esta pessoa pode salvar ou pôr a perder sua cerimônia. Todo o cuidado do mundo é pouco na escolha dela.
Se esta pessoa é você, saiba que, a menos que esteja muito bem preparado, conhecendo bem todos os pormenores envolvidos na cerimônia, você corre o risco de ter problemas. É melhor escolher uma outra pessoa para ocupar esta função, caso você esteja “ao volante” da cerimônia. Se quer falar, deixe que outro coordene a cerimônia – se deseja coordenar, procure alguém para falar.
Quem coordena precisa estar em perfeita sintonia com quem fala, durante uma cerimônia. Esta sintonia, contudo, deve ser obtida muito tempo antes de a solenidade acontecer. Serão muitas reuniões e conversas particulares, até que se estabeleça a unidade de pensamento característica de quem realiza boas cerimônias. Invista este tempo em sua Diretoria, pois os três estão “no mesmo barco” – devem pegar os remos e ajudar a chegar ao porto. O sucesso de um é o sucesso dos três.
Cuidado com a palavra escrita
Tenha resumos escritos de tudo o que vai ser falado.
Tenha cópias do programa espalhadas na mão de quem precisa e em outros pontos estratégicos. Quem precisar se orientar, não vai ocupar seu tempo, durante a cerimônia, perguntando-lhe detalhes que já estão disponíveis, por escrito.
Tenha listas de nomes, especialidades, Classes, distintivos, cursos, etc. sempre à mão e prepare cópias, de segurança, de tudo. Vale a pena ter estas cópias, mesmo que você nunca as use. No dia em que você não as tiver feito e precisar delas, estará aprendendo, da pior maneira que existe, o valor que elas têm.
Entregue programas ou boletins à entrada, junto com as coletâneas de música, mesmo correndo o risco de ser cobrado, por todos, pelos horários e atividades previstos e divulgados. O programa da cerimônia é uma espécie de contrato, através do qual você se compromete a não fazer surpresas, a menos que você, também, seja surpreendido. (Imprevistos acontecem.)
Claro que você não precisa declarar todo o programa que pretende realizar, com excesso de detalhes, mas o horário de início e término – que você já deve ter informado nos convites – a sucessão das partes, a presença de convidados ilustres, oradores e cantores envolvidos, etc. são todas informações interessantes. (Interessar é um dos seus objetivos, lembra?)
Claro que isso envolve uma boa dose de coragem e “engessa” um pouco suas possibilidades de adaptações de última hora mas, convenhamos, se você já definiu, planejou e ensaiou devidamente todas as partes, porque ficaria fazendo adaptações, a não ser que acontecesse alguma coisa realmente inesperada?
A coletânea é uma espécie de convite, estendido a todos, para participarem da solenidade.
Esta participação pode ser através de cântico congregacional, leitura, recitação ou de outro método criativo que envolva, a todos e a cada um, na cerimônia. Não deixe faltar alguma coisa deste tipo. Isso torna a cerimônia mais participativa.
Cuidado com a palavra cantada e recitada
Utilize ao máximo os Aventureiros para cantar e declamar.
Eles são as “estrelas do show” – deixe que eles apareçam.
Uma excelente razão para fazer isso: as pessoas dispostas a comparecer a sua cerimônia, fizeram-no por causa dos Aventureiros, que vão participar da festa.
Aproveite este interesse, que já existe, e utilize-o para envolver estas pessoas na cerimônia.
Escolha bem os hinos e as partes declamadas.
Lembre-se de que o segredo para o sucesso em apresentações públicas é ensaio, ensaio, ensaio e, depois de todo este ensaio, um pouco mais de ensaio.
Especialmente o Hino e os ideais dos Aventureiros devem ficar perfeitos, pois trabalhamos neles em praticamente todas as ocasiões nas quais estamos junto com as crianças.
Registre para a posteridade
Fotografe, grave e documente suas cerimônias.
É assim que se criam as tradições e é assim que elas são mantidas.
Este é um excelente modo de, também, treinar os futuros líderes de seu Clube, mesmo quando você já não esteja mais envolvido neste ministério. Eles verão e ouvirão como as coisas eram feitas “na sua época” e podem querer reviver estes “bons tempos”.
Distribua cópias para os interessados e interesse-os em seu Clube.
Envie recordações personalizadas aos pais dos desbravadores, na forma de um porta retratos ou fita editada, com as partes da cerimônia que mais lhes interessam – você sabe quais são, não é? – e eles jamais se esquecerão destes momentos que os filhos deles passaram no Clube de Aventureiros. Isso é Relações Públicas e Marketing de ótima qualidade.
Envolva a todos e a cada um
Um erro comum nas cerimônias é deixar “de fora” alguém que deveria estar envolvido. A participação, especialmente de quem não tem uma ação direta e definida na cerimônia e muito importante.
Como você tem vários Aventureiros que já vão receber seu lenço, medalhas ou distintivos na cerimônia, providencie para que os que não conseguiram habilitar-se em suas Classes e Especialidades, (ou outro pré-requisito), possam participar com algo significativo e considerado importante por todos. Não permita que umas poucas estrelas brilhem na festa, ofuscando a grande maioria, que fica à parte, só assistindo.
Seja esperto e distribua tarefas de modo que todos contribuam, direta ou indiretamente. Se não tiver trabalho para todo mundo, invente, mas mantenha todas as mãos e todas as mentes ocupadas com sua cerimônia.
Delegar não é apenas um benefício para você como líder – é uma ferramenta de trabalho. Algumas vezes você deve delegar com o intuito de aliviar um pouco sua carga, outras vezes apenas para permitir que outras pessoas aprendam a levar cargas, como você.
Respeito na medida certa
Cuidado com os símbolos.
Não permita que sejam idolatrados mas não deixe, também, que sejam desprezados por não os tratar com o devido respeito.
Ensine que o respeito não é pelo símbolo mas, sim, por aquilo que ele simboliza.
O púlpito pode ser considerado apenas um móvel de madeira ou pode ser um objeto que nos leva a ter reverência por aquilo a que ele está ligado. Lembre-se que a terra onde a sarça ardeu estava santa por todo o tempo em que Deus esteve em contato com ela. Depois disso, passou a ser apenas mais um bocado de areia comum, do deserto.
O templo, os objetos, o tempo e as pessoas consagrados para o serviço a Deus, deveriam sempre merecer a nossa melhor atenção e a nossa maior consideração. As autoridades, sejam de que nível forem, devem receber o mesmo respeito.
Se você pode contar com a presença do seu pastor distrital ou a liderança local, em sua cerimônia, destaque a presença deles e o apoio dele(s) ao seu trabalho.
Se o Coordenador Geral de sua Associação / Missão ou Coordenador de área pode estar presente, com você, agradeça-lhe publicamente por isso.
O respeito que você demonstrar pelas autoridades se refletirá sobre você mesmo – não esqueça que você é, também, uma autoridade.
Os Tipos de Cerimônias
Cerimônia de admissão
Começo, meio e fim são fundamentais para contar qualquer história.
Para registrar e, um dia, poder contar a trajetória e as realizações de um Aventureiro também são necessários os mesmos três ingredientes. A cerimônia de recepção (com a Investidura de lenço) é o começo desta história.
Ingressar no Clube de Aventureiros não é uma coisa difícil – basta a vontade pessoal do candidato. O compromisso que ele assume, desde este momento, porém, é colaborar em seu próprio desenvolvimento e melhorar, sempre.
Os pré-requisitos para ser aceito como membro, no Clube de Aventureiros, são estes:
1. Ter entre 6 e 9 anos de idade.
2. Estar participando do clube há pelo menos dois meses e ser pontual às reuniões.
3. Estar disposto a cooperar, obedecer e participar das atividades do clube.
4. Ter o apoio e acompanhamento dos pais ou responsáveis.
5. Ter o uniforme oficial e cuidar bem dele.
6. Decorar o voto e a lei dos Aventureiros.
7. Conhecer o hino e a bandeira dos Aventureiros.
Apesar de ser uma decisão para sua Diretoria tomar, o ideal é que não hajam mais de duas épocas para inscrições no Clube. Se não for assim, o trabalho iniciado terá que ser interrompido, constantemente, para a adaptação dos novos membros aspirantes.
As crianças devem ser recebidas como membros oficiais do Clube local em, no máximo, seis semanas após sua inscrição. Ai então recebem o lenço confirmando que são parte do Clube.
Durante as poucas semanas que servem como período de experiência para o Aventureiro aspirante, ele passa por um intensivo treinamento-relâmpago, com o objetivo de aprender as coisas mais básicas acerca do Clube. Você tem um ótimo material para neste período que é “Clube de Aventureiros - Esse é o Seu Clube” (procure em sua Associação/Missão). Ele deve ser entregue a todos os aventureiros que chegam ao clube e estão conhecendo esta realidade. Este treinamento está a cargo da Secretaria do Clube.
A cerimônia de recepção é realizada, normalmente, duas vezes ao ano, sempre que haja ao menos um Aventureiro novo para ser recebido. “Abra” as atividades do ano com ela, recebendo todas as crianças que seu Clube esteja em condições de atender, mesmo aquelas que só querem “experimentar um pouquinho”, antes de se decidir.
É justamente por isso que temos um Dia de Inscrições, com amostras das atividades desenvolvidas no Clube, ao invés de meramente recolhermos os formulários de matrícula.
Também os pais precisam de um período de experiência, para poder conhecer o programa, as pessoas, as exigências em termos de tempo e dinheiro, e as necessárias adaptações que esta “nova aventura”, de seu filho, vai requerer deles.
Admita a todos que puder. Disponibilize as experiências e informações de que cada um necessitar. Depois disso, alguns deles estarão prontos para “assinar o contrato” com seu Clube
A “cerimônia” de recepção deve ser simples, mas solene, criando nos Aventureiros um sentimento de confirmação e de amor pelo Clube.
Entrega de Classes e Especialidades
A entrega das Classes e Especialidades é o objetivo principal do ensino ministrado aos Aventureiros. É a “formatura” dos cursos de aprimoramento em que os meninos e meninas estiveram empenhados durante todo um ano. Pais, instrutores ocasionais, instrutores fixos, Conselheiros e a Diretoria, como um todo, têm participação neste esforço para fornecer conhecimentos especializados às crianças. Por isso, esta será uma festa muito importante para todos os que estão envolvidos, em maior ou menor grau, com ela.
Organize poucas destas cerimônias durante o ano. O ideal é que não sejam mais que duas, uma no primeiro semestre e outra no segundo.
Na cerimônia do primeiro semestre, as Diretorias do ano anterior e do ano em curso colaboram intimamente, já que dão continuidade uma aos esforços da outra.
Os dirigentes do ano anterior são homenageados pelo trabalho que iniciaram e têm a chance de ver o fruto deste trabalho, concluído, pelas mãos dos Conselheiros e da Diretoria atuais.
Uma atividade interessante para as Unidades, no ano em curso, seria a confecção de presentes para estes dirigentes anteriores. As crianças poderiam preparar trabalhos artísticos, ligados ou não aos requisitos de especialidades, para com eles homenagearem seus líderes do ano anterior, especialmente aqueles a quem escolherem como seus padrinhos.
Esta é uma boa maneira de reforçar o vínculo entre os amigos não atuantes do Clube de Aventureiros e os atualmente em serviço.
Não esqueça de ninguém, caso resolva adotar esta idéia. Se tiver duvida quanto a presentear ou não alguém, presenteie. Isso lhe granjeia amigos, que talvez você nem suspeitava que existissem. Os não escolhidos como padrinhos precisam ser também homenageados – prepare alguma coisa para eles.
Faça as duas cerimônias com um bom intervalo de tempo e bem planejadas. Isso vaiser bom porque:
• Você pode dar assessoria mais atenta aos pais e Aventureiros em dificuldades, em tempo de ajudá-los a se habilitarem para a investidura;
• Você pode agendar com a Comissão Administrativa, sem atropelos, a data de que precisa, negociando, inclusive, com outros departamentos;
• Você consegue planejar melhor a compra dos materiais envolvidos com a cerimônia e coletar o dinheiro necessário para a realização da festa;
• Você pode ensaiar as partes com maior previsibilidade, sabendo quem vai ser realmente investido e quem precisa ser envolvido em tarefas desvinculadas da investidura;
• Você pode expor a igreja ao cerne do programa do Clube e demonstrar, com provas vivas, aquilo que o Clube é capaz de fazer (e está fazendo) pelas crianças.
Entrega Apenas de Especialidades
Você notará que recomendamos, em muitos pontos deste manual, a realização de duas cerimônias distintas ao invés de entregar Classes e Especialidades numa única e mesma ocasião. Esta é apenas uma recomendação – não é obrigatório fazer assim.
Você pode achar muito menos trabalhoso entregar de uma só vez todas as insígnias, já que a maioria das Especialidades fazem parte das próprias Classes. Sua lógica está perfeita, e se realmente só tiver uma data e muito espaço para preencher em sua programação, pode fazer deste modo, tranqüilamente.
Entretanto, para você entender a nossa recomendação, queremos esclarecer alguns pontos:
1. Quando você entrega Classes e Especialidades em uma mesma cerimônia, as especialidades perdem um pouco do seu destaque;
2. A cerimônia fica mais longa;
3. Você tem mais trabalho para concluir todos os requisitos e preparar os participantes.
O ideal é que você aproveite diferentes momentos do ano e vá entregando as especialidades já concluídas. Isso vai motivando os Aventureiros e “criando um clima” para o dia da investidura.
Um bom calendário de entrega de especialidades e cerimônias poderia envolver um programa especial a cada três meses:
Em Março – Cerimônia de Recepção – Entrega de Especialidades;
Em Junho – Entrega de Classes
Em Setembro – Nova Cerimônia de Entrega de Especialidades;
Em Dezembro – Entrega de Especialidades e Aventureiro do Ano.
Se você promover uma exposição dos trabalhos produzidos pelas Especialidades, como se fosse uma feira de artesanato ou equivalente, seu evento reforçará as especialidades e as especialidades reforçarão o seu evento. A cerimônia de entrega das insígnias, neste caso, faria parte da abertura do evento, após o que todos os presentes poderiam conferir, por si mesmos, os trabalhos que os premiados estão apresentando como resultado de seu aprendizado.
Se escolher testar esta idéia, não esqueça de fotografar ou filmar a fim de poder exibir para a igreja, no próximo dia do Aventureiro, esta importante parte do programa geral do Clube.
Entrega Apenas de Classes
As Classes constituem o eixo central em torno do qual gira o Clube – para todos os efeitos, o ministério dos Aventureiros é um programa de aprendizado e desenvolvimento nas áreas física, mental, espiritual e social, através do currículo e dos requisitos das Classes..
O ideal dos Aventureiros que está ligado às Classes é a Lei.
Os cinco itens da Lei do Aventureiro têm estreita correspondência com a ênfase dada a cada uma das Classes, na seguinte progressão:
Ser obediente
Abelhinhas Laboriosas
Ser bondoso
Luminares
Ser puro
Edificadores
Ser reverente
Mãos Ajudadoras
Ser colaborador
Mãos Ajudadoras
Esta ênfase não significa exclusividade – as Abelhinhas Laboriosas aprendem muito sobre bondade, pureza, cooperação e reverência, embora o foco da maioria dos requisitos para sua faixa etária seja a obediência. O mesmo acontece com todas as outras Classes.

A ênfase, maior, em um quesito da lei para cada idade não é um interesse principal do Clube ou dos pais das crianças mas, sim, uma necessidade dos próprios meninos e meninas.
Eles, como todos os demais seres humanos, aprendem através de repetição.
A intenção é levá-los a uma saudável saturação de uma virtude ou visão do mundo, enfatizada (e necessitada) naquela Classe ou faixa etária, enquanto se apresenta os outros itens da Lei, mas com ênfase menor.
As trilhas, em cada Classe, são um excelente exemplo deste método.
A idéia básica é tomar uma criança típica “pela mão” e conduzi-la do seu mundo particular, fechado, personalizado e moldado à sua vontade para a convivência e intercâmbio com outros – uma habilidade que ela precisa ter incorporado a sua vida antes de entrar na fase juvenil.
Esta “abertura para o mundo” é progressiva:
1. Abelhinhas Laboriosas – O objetivo é aprender a trabalhar sob as ordens de outras pessoas, muito próximas – a família. Para isso é necessária obediência, uma vez que a própria criança, aos seis anos, ainda não dominou a capacidade de organizar as tarefas numa ordem que seja lógica e abrangente, para ser útil, ao restante dos membros da família. Aprende-se estas habilidades na família (até antes desta idade) porque este é o grupo social em que o Aventureiro está “mergulhado” nesta idade.
2. Luminares – Bondade – não há nada tão difícil de aprender; e, contudo, não há nada mais vital, especialmente para a criança de 7 anos, entrando na escola formal. Bondade é abnegação; bondade é misericórdia; bondade é altruísmo. Aprender isso cedo talvez seja a única maneira de evitar chegar à idade adulta sem a menor noção destas coisas. E o “meu mundo” é um campo de provas por excelência para esta virtude. O desafio do Aventureiro de 7 anos é brilhar – brilhar a fim de que o mundo “... veja” as suas “boas obras, e glorifique ao Pai que está nos Céus”;
3. Edificadores – 8 anos. É hora de se concentrar no “meu Eu”. Não é que a criança nesta idade já seja abnegada e tenha deixado para trás o egoísmo. Tudo indica que ser altruísta é o tipo de desafio que criança alguma, não importa a idade que tenha, jamais chegará a vencer, totalmente. O que acontece, agora, é a consciência acerca do “meu Eu” e a perspectiva de que posso moldá-lo, que tenho poder sobre ele e que tenho a responsabilidade de realizar tal trabalho. Pureza vem bem a calhar com este momento. Se há algo que, absolutamente, não há como medir a partir do exterior, é a pureza. Mesmo as melhores boas ações podem ter, como sua fonte, intenções escusas. Mesmo a maior dedicação pode ter interesses baixos como motivação. E só há um ser, sobre a terra, capaz de discernir e julgar isso – a própria pessoa. Ser puro, sendo também o juiz desta pureza, é um teste e tanto. Isso é construir (edificar) sobre firme e sólido fundamento.
4. Mãos Ajudadoras – Mãos ocupadas. É hora de mostrar aos outros aquilo que vem sendo construído, no interior do Aventureiro. Aproxima-se o momento de migrar para uma nova fase da existência. As coisas de criança logo serão apenas uma recordação, poucas vezes evocada, durante os anos turbulentos e agitados de juvenil e adolescente. Ser colaborador é diferente de ser “laborioso”. Laborar (trabalhar) é diferente de CO-laborar. Colaborar é trabalhar ao lado de (...). Trabalhar em grupo, além de uma necessidade, daqui por diante, será um ardente desejo na vida do quase juvenil. E não se trata apenas de colaborar com os demais seres humanos; trata-se também de colaborar com Deus. Trata-se de receber trabalho e CO-operar com o Plano divino. Outro imperativo para a vida da criança de 9 anos e conhecer a Deus, “como lhe é dado conhecer”. O “espírito de equipe” que caracterizará os anos seguintes envolve conhecer seus companheiros de trabalho. O mais permanente dos “companheiros”, não importa a idade que tenhamos, chama-se Deus. A reverência é decorrente de sabermos quem Ele é, como pensa e sente, o que exige, do que é capaz. Dois eixos se cruzam, agora, bem à frente dos pés do Aventureiro: um liga o Céu à Terra, o outro une a criança aos seus semelhantes. Um é vertical; o outro é horizontal.
A cerimônia de entrega de Classes, especialmente se não estiver ligada às especialidades, nos dá uma chance inédita de ensinarmos aos não-Aventureiros alguns conceitos de que eles não tem sequer idéia. Poucas pessoas imaginam o embasamento filosófico que existe por trás deste programa para as crianças brincarem e aprenderem.
Explique esta “brincadeira” em que estamos envolvidos. Indique as potencialidades. Sugira as possibilidades. Demonstre os resultados.
Garantimos que haverá surpresas.
Agora, a melhor maneira de explicar o modo como cada Classe aprofunda o ensino contido na Lei, é apresentar alguns dos requisitos da Lei cumpridos nos próprios meninos e meninas.
Um método excelente para fazer isso, são as entrevistas pessoais com as crianças. Embora não estejam sob o mais completo controle do dirigente, elas tem a força inigualável do testemunho de vida. Se dispõe de recursos para isso, grave depoimentos em vídeo, ao longo das atividades do ano e, depois, selecione aquelas que melhor ensinam os princípios envolvidos no programa de ensino dos Aventureiros.
Caso não possa contar com a tecnologia, lembre-se de que ela é só um meio de registrar e expor aquilo que pessoas realizam. Você tem as pessoas bem aí, pertinho de você. Aproveite-as e permita que elas sejam as provas vivas do trabalho que você e sua equipe realizaram. Se o ensino e o aprendizado realmente aconteceram, você pode confiar que as crianças terão muito que contar, ao serem entrevistadas.
Um segundo método, também excelente, para demonstrar o impacto do Clube na vida dos meninos e meninas é através de apresentações das Unidades.
Cada Conselheiro deveria preparar uma apresentação especial, temática, sobre o item da Lei com que sua Classe trabalhou. Pode ser uma dramatização, reproduzindo uma situação que realmente aconteceu com membros da Unidade ou com outras pessoas, mas que ilustre a ênfase relacionada à Classe concluída. Pode ser uma história bíblica ou mini-musical, em que dois ou três hinos contem a experiência do grupo. Pode ser uma exposição de artes, numa das salas da igreja, mostrando a visão dos membros acerca do que aprenderam.
Devem participar todos os Aventureiros daquela faixa etária e não apenas os que vão ser investidos. Especialmente quem não se habilitou para receber sua Classe, deveria ter a chance de aparecer bem – isso garantirá o envolvimento e o interesse de todos: os Aventureiros, seus parentes e do restante dos espectadores.
Dentre todas as apresentações que os Conselheiros estiverem construindo, com suas Unidades, faça o mesmo que deve ser feito no Dia de Inscrições – reserve o melhor para o final, mas ajude todos e cada um a terem sucesso. Isso se faz, (não no dia da entrega das insígnias), nos ensaios preparatórios para a cerimônia.
As apresentações especiais não precisam seguir a mesma ordem da entrega das Classes, nem das idades. Você pode escolher à vontade como organizará seu programa. Lembre-se, porém, de que seu objetivo é interessar as pessoas. Se os seus menores Aventureiros são o seu melhor cartão de visitas, coloque-os estrategicamente em seu programa. Se os maiores são vivos e inteligentes, capazes de fazer proezas, use-os no momento certo, para cativar a audiência. Você está fazendo propaganda do seu “produto” – faça o melhor que puder.
Entrega de Aventureiro do Ano
Este programa é um desafio para ser implantado e mantido, mas talvez seja uma das maiores potencialidades do Clube de Aventureiros para realizar, efetivamente, sua missão: ajudar os pais e as mães na criação de seus filhos.
As grandes dificuldades relacionadas com este programa prendem-se ao fato de que um adulto, que não tem necessariamente interesse no Clube de Aventureiros para si, mas sim para sua criança, precisa ser convencido a cumprir requisitos, realizar trabalhos teóricos e práticos, fazer provas e ser avaliado, exatamente como acontece com seu filho ou filha.
Com a vida atribulada e a correria do dia-a-dia, esta não parece ser alguma coisa que “alivia a carga” dos pais, pelo contrário, representa (ao menos do ponto de vista deles) um compromisso adicional, para complicar ainda mais a sua já superlotada agenda.
Onde encontrar a coragem para comunicar aos pais que, inscrever seu filho no Clube de Aventureiros, ao invés de facilitar a sua vida, vai exigir ainda mais dele?
Uma fonte possível, para obter tal coragem, é o fato de que as crianças, especialmente as crianças em idade de Aventureiro, desejam ardentemente a presença, a companhia, o interesse e o envolvimento dos pais, em suas pequenas vidas.
E elas têm o direito de esperar isso deles.
O auxílio que o Clube de Aventureiros pode lhes prestar não é a substituição deles como pais dos seus filhos.
O Clube de Aventureiros é apenas uma proposta de “agenda”, para sugerir caminhos, com o objetivo de levar os pais a se relacionarem com seus filhos, através de atividades interessantes e promotoras do seu desenvolvimento físico, mental, espiritual e social.
Em verdade, os pais só dependem do Clube de Aventureiros para isso porque querem. Eles próprios poderiam, tranqüilamente, organizar um “Clube de famílias”, no qual os pais das crianças de uma certa faixa etária, comum, realizariam jogos e brincadeiras, instruções e experiências que, além de aproximar pais e filhos, dariam prazer a todos. É deste modo que nasce, aliás, a maioria dos Clubes de Aventureiros – pais à procura de soluções.
Ao colocarem meninos e meninas no Clube de Aventureiros, os pais perdem a preciosa oportunidade de se tornarem os heróis deles, abrindo espaço para que outras pessoas, treinadas ou não para isso, desempenhem o importante papel de exemplo e modelo das crianças.
Menos mal que, embora seja a mesma situação que acontece quando pais e mães deixam suas crianças diante da televisão, para que ela os condicione, ao menos a “programação” do Clube é cristã e responsável.
A melhor opção que os pais fariam, seria assumir sua tarefa e crescerem juntamente com seus filhos, enquanto os encaminham para o destino que o amor lhes indica – como era (e ainda é) o plano original de Deus.
Não há ninguém neste mundo, que ame tanto, tão extensa e tão profundamente os filhos deles, a ponto de se sacrificar, como eles fazem, para vê-los se tornarem homens e mulheres dignos e respeitados.
Com esta perspectiva em mente, você perceberá que exigir a presença de pelo menos um adulto, (preferivelmente um dos pais), como pré-requisito inegociável, dentro do programa do Clube, é uma vantagem para as crianças e para os pais. Pedir-lhes que realizem alguns trabalhos e desobstruam um pouco suas apertadas agendas, para isso, é pedir pouco.
De todos os pontos de vista pelos quais se olhe a situação, criar filhos sozinho, (sem o Clube) é bem mais difícil do que participar em uns poucos trabalhos e atividades, reuniões e instrução, criados e dirigidos por outros.
Nós, líderes somos estes “outros”.
Nós somos os responsáveis por gerar o ambiente e prover as ferramentas para que eles, pais e filhos, se encontrem e construam mutuamente.
Eles, (não nós), são a razão de haver o trabalho que fazemos.
(Parafraseando João Batista), “é necessário que eles cresçam e nós diminuamos.”
O programa denominado Aventureiro do Ano tem semelhança e relação direta com cada uma das Classes dos Aventureiros. Na verdade, poderíamos dizer que existem quatro programas Aventureiro do Ano, distintos, e não apenas um.
Parte dos requisitos são cumpridos pelos pais ao ensinarem, em casa, porções do currículo das Classes e Especialidades do filho. Ninguém melhor do que os pais para compreender as dificuldades peculiares e as potencialidades das crianças. Ninguém melhor para equilibrar e dosar as exigências de acordo com a capacidade. Ninguém melhor do que os pais para saber em que ponto do caminho parar de exigir e começar a incentivar.
Outra porção de requisitos, para os candidatos a Aventureiro do Ano, está na Rede Familiar. Os trabalhos requeridos ali não são “coisa de criança”. Trata-se de um intensivo treinamento teórico e prático para ser pai, não apenas estar pai.
Esse treinamento não é conduzido pelas idéias ou pelos conceitos de algum super professor ou premiado consultor em educação. Não. É por alguém muito mais experimentado e sábio – Deus.
Tanto líderes como pais se dedicam a estudar e compreender, não a mais nova moda na psicologia, mas os antigos e confiáveis princípios da Bíblia. Claro que as descobertas científicas fazem parte do estudo, mas (é fácil de perceber) o que acontece mais rotineiramente é elas apenas confirmarem os preceitos estabelecidos há séculos, nas instruções divinas.
O homem, em geral, está “destreinado” quanto ao modo indicado por Deus para conduzir sua vida. (Líderes e pais também.) Por isso, não é adequado dizer que qualquer deles ensine um ao outro – na verdade, todos aprendem juntos.
Requisitos Gerais
1. Ser o responsável por uma criança, matriculada oficialmente no Clube de Aventureiros local;
2. Levar seu Aventureiro a ser recebido com o lenço, caso ainda não tenha sido;
3. Contribuição financeira conforme o acordo firmado entre Clube e os pais ou responsáveis do Aventureiro;
Requisitos das Classes e Especialidades (da criança)
4. Ajudar seu Aventureiro a chegar o mais perto possível da investidura de sua Classe, mesmo que ele não consiga cumprir todos os requisitos e não se habilite para a cerimônia;
5. Participar na realização das tarefas, teóricas e práticas, relacionadas com o cumprimento dos requisitos da Classe do Aventureiro;
6. Realizar pelo menos uma das especialidades do Aventureiro, (à sua escolha), habilitando-se a recebê-la juntamente com a criança;
Requisitos da Rede Familiar dos Aventureiros
7. Participar de 80% das Reuniões Formais da Rede Familiar;
8. Participar de 80% das Reuniões de Trabalho para Classes e Especialidades;
9. Participar no planejamento, elaboração, preparação ou realização do grande evento, anual, da Rede Familiar, com uma função definida;
10. Participar na eleição dos representantes da Rede Familiar para a Comissão Executiva, como votante
Existe um distintivo de Aventureiro do Ano para cada faixa etária: os distintivos possuem a mesma cor da classe que a criança está estudando.
A criança conquista as Classes e Especialidades; Aventureiro do Ano é conquistado pelo adulto que a assessora, como seu responsável. A entrega destas distinções é o reconhecimento pelo trabalho de equipe, realizado pela criança e pelo adulto.
As mesmas pessoas podem receber o distintivo de Aventureiro do Ano quatro vezes, durante o período em que estão no Clube. Por que crianças com 6 anos recebem o distintivo de Aventureiro do Ano na cor azul clara; quem estiver fazendo a Classe de Luminares (7 anos) receberá o distintivo de Aventureiro do Ano na cor laranja e assim por diante. Os pais usam o distintivo no bolso esquerdo da camisa do uniforme, na mesma posição que os Aventureiros usam seus distintivos de classe.
Investidura de Líder
Esta cerimônia deve ser, sempre, realizada pelo Ministério Jovem da Associação / Missão local, através do departamental ou de uma pessoa treinada, indicada por ele. O Coordenador de Área será, na maioria das vezes, esta pessoa.
Esta não é uma cerimônia fixa do Clube de Aventureiros, podendo ser realizada em qualquer data e horário disponível, desde que haja uma quantidade representativa de pais e membros da igreja local para assisti-la.
É uma excelente oportunidade para ter a presença do departamental ou Coordenador de Área pregando em sua igreja. Quando isso for possível, a investidura acontecerá como parte do sermão.
Não havendo disponibilidade de data, para realizar um programa completo de sábado pela manhã, ainda assim o horário preferencial será o do culto divino. Neste caso, a cerimônia ocupará uma pequena parte do culto, como acontece com as ordenações de oficiais e apresentações de bebês.
É muito importante escolher uma data em que muitos pais, mães, oficiais e membros da igreja estejam presentes, por isso recomendamos, sempre o sábado pela manhã. Esta é uma oportunidade sem igual para mostrar à igreja que a liderança do Clube está evoluindo, com o objetivo de servir sempre melhor as crianças e seus pais.
Isto servirá como incentivo para que outros adultos se interessem em obter treinamento especializado e capacitação para liderar. Deste modo, seu Clube poderá crescer, constante e seguramente, abrindo vagas para mais crianças, já que haverá mais líderes para atendê-las.
Inscreva seus amigos e colaboradores nos cursos promovidos por sua Associação / Missão ou consiga a permissão para conduzir, em seu Clube, algum curso de aperfeiçoamento. Seu Coordenador de Área lhe dará ajuda nisso. Pode ser, inclusive, que ele convide líderes de outros Clubes, que também necessitem do treinamento que você está promovendo. Comunique-se com o departamento de Aventureiros e informe-se.
Agende uma data com o departamental ou o Coordenador de sua Área assim que for comunicado da aprovação de qualquer dos seus adultos em treinamento. Depois agende a data com a direção de sua igreja local e inicie os preparativos, sob a orientação do pessoal da Associação / Missão, para realizar uma inesquecível Cerimônia de Investidura.
Neste Manual você encontra todos os requisitos necessário para a investidura como líder. Procure, porém, no Ministério Jovem de sua Associação / Missão o registro especial para Líder, para fazer sem acompanhamento.
Programas Especiais 
Dia do Aventureiro
Este é um dia para que o Clube comemore a sua existência e compartilhe com a igreja seu programa e resultados. Não existe uma data oficial. Ela deve ser escolhida de acordo com o interesse do Clube e as possibilidades da igreja.
Os Aventureiros podem participar deste programa de várias maneiras:
1. Apresentações musicais, tanto instrumentais como cantadas; dramatizações; recitar poemas, ler textos inspiradores, apresentar versos bíblicos memorizados nas Classes e Especialidades, etc.;
2. Leitura dos textos bíblicos do sermão ou narração da história para as crianças; ser recepcionistas, dando as boas vindas, à porta; entregar os materiais de leitura (boletins, doxologia, propaganda do programa da tarde, lembrancinhas do dia do Aventureiro); recolher as ofertas, etc..
3. Patrocinar e arrumar as flores e a decoração da igreja, neste dia.
Estas, e muitas outras atividades possíveis, precisam ser ensinadas, ensaiadas e reensaiadas para serem realizadas naturalmente e sem tropeços pelas crianças. Lembre-se que é sua responsabilidade cuidar para que eles tenham sucesso (e nunca fracasso) ao trabalharem para a igreja e para Deus.
Outras coisas a providenciar
• Um Pastor ou um pregador convidado que esteja bem relacionado com a faixa etária dos Aventureiros e saiba falar para as crianças sem deixar os adultos “de fora”;.
• Músicas especiais do “coralzinho” do Clube – pelo menos duas, além do hino do Aventureiro – com todos os Aventureiros, juntos;
• Solos, duetos e outras formações para as diversas partes necessárias dentro de um programa de sábado inteiro;
• Pais e dirigentes para realizarem a recapitulação da lição, nas Classes dos adultos, da Escola Sabatina. (Eles devem estar uniformizados ou pelo menos identificados como representantes dos Aventureiros locais);
• Almoço especial entre as famílias dos Aventureiros. Organize esta refeição de confraternização com antecedência. Com o almoço comunitário, você garante a presença de todos os seus Aventureiros, para os últimos ensaios e a realização do programa da tarde.
Batismo de Aventureiros
Este não é um programa oficial do Clube, mas sim da igreja local.
A razão de o incluirmos aqui é discutir resumidamente a participação, como Aventureiros, neste importante programa da igreja.
Certamente você já notou quanto as crianças são precoces, hoje em dia, tanto para o bem como para o mal. Assim como os meninos e meninas podem dar problemas muito cedo, eles podem dar, também, alegrias. É o caso dos pequeninos que decidem entregar-se a Jesus muito cedo em suas vidas.
Se um de seus Aventureiros expressar o desejo de ser batizado como Jesus foi, e os pais estiverem de acordo com isso, prepare-se para tornar este um dia muito especial não apenas para aquele menino ou menina, mas para todo o seu Clube.
O Aventureiro, se assim o desejar, pode ser batizado com o uniforme oficial completo, sem o menor problema. Ou pode preferir ser batizado com o roupão tradicional e receber seu certificado de batismo, depois da cerimônia, usando o uniforme oficial.
Não é preciso forçar o uso do uniforme, mas não deixe passar despercebido o interesse que os demais Aventureiros e a Diretoria têm para com o evento.
A Unidade do Aventureiro poderia preparar um presente ou homenagem para o batizando.
Todos os Aventureiros deveriam estar uniformizados durante a festa e quem sabe cantar o hino predileto do batizando, ou uma música especialmente preparada para ele.
Faça os necessários arranjos com os pais e com os dirigentes da cerimônia para que estas manifestações de carinho não atrapalhem o andamento geral do programa.
Para que você entenda melhor o assunto, dê uma olhada no capítulo 15 que fala sobre “O Batismo de Juvenis”.
Abertura e encerramento das reuniões
As “cerimônias” de abertura e encerramento dos encontros de Aventureiros são apenas os momentos iniciais e finais destas reuniões - não precisam obedecer a nenhum ritual predefinido.
É claro que estes rituais são importantes motivadores para o espírito que reina no Voto e a Lei local. Rotineiramente se deveria recitar e cantar o hino dos Aventureiros, mas isso pode ser feito em diversas situações, que não passam normalmente pela nossa cabeça.
Durante uma meditação ou história inspiradora, que tenha relação com o teor do hino, pode-se cantá-lo apropriadamente. Pode-se compor uma história (ou seqüência delas) falando de cada um dos itens da lei – os Aventureiros iriam recitando, ao comando do dirigente, as virtudes ligadas aos itens da lei. Ou um “concurso” poderia desafiar os meninos e meninas a identificar o item da lei que é ilustrado pela história.
Uma coisa muito importante a lembrar e relembrar, sempre, é o fato de que Aventureiros são amplamente diferentes de Desbravadores. Eles não possuem, ainda, todo aquele fascínio pelo civismo, pela ordem unida e pelas formalidades em geral.
É melhor deixar para mais tarde, quando realmente fará diferença na vida dos meninos e meninas, o ensino e o treinamento para a disciplina e o rigor, característicos (e muito úteis) no Clube de Desbravadores. Rituais simples são suficientes, neste momento de sua carreira.
Uma parte bastante apropriada para a abertura de uma reunião, seja ela qual for, é uma história ou leitura inspiradora, relacionada com as atividades previstas para o dia.
Uma oração termina adequadamente com o período devocional, incluído na abertura das reuniões. Depois dela começa o “dia de trabalho”, propriamente dito.
Para o encerramento de uma reunião, o assunto mais recomendável são os anúncios e instrução quanto ao procedimento a adotar logo após o término do encontro.
Estas instruções devem ser dadas durante os momentos em que todas as atenções ainda estão fixadas na liderança. Depois de encerrada a reunião será inútil tentar dar avisos ou recobrar o interesse dos Aventureiros.